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APAGA A LUZ (2003)

Texto Ronald Radde e Direção Antônio Rodrigues

Apaga a Luz estreou com Lilian Ferreira e Alan Roger no elenco, sendo substituido posteriormente por Antônio Rodrigues

APAGA A LUZ (2006)

 

A montagem de Apaga a Luz faz parte do processo de pesquisa do grupo em cima da dramaturgia áspera e reflexiva de Ronald Radde, um escritor gaúcho que foi fundador do Teatro Novo de Porto Alegre e cujos textos ganharam montagens por todo país e no exterior; Dentre os textos mais conhecidos estão: B em Cadeira de Rodas, Transe (primeiro trabalho investigativo do grupo com a dramaturgia de Radde percorrendo festivais) e Apaga a Luz e Faz de Conta que Estamos Bêbados (sob o título de APAGA A LUZ). Pela a segunda vez que o grupo pernambucano foi à Curitiba, no qual esteve em 2004 no 12º Festival de Curitiba com "Um Gesto por Outro" de Jean Tardieu.


Um homem, uma mulher, suas frustrações, suas mentiras, seus medos e uma noite qualquer, numa catarse de humanismo, buscando entre si a comunicabilidade, o amor e o rompimento com a hipocrisia social. Ela, a fuga da realidade, a falsa realização pessoal, os traumas recentes, a cultura estabelecida de uma sociedade que oprime e se
deixa oprimir todos os dias. Ele, a autenticidade, o grito preso na garganta a ponto de explodir, a necessidade de se fazer escutar e de ser ele mesmo. Eles a solidão.

Até que ponto as verdades têm que ser ditas? Qual é a verdade de cada um?

Noite, solidão, bebidas, gritos, verdades, mentiras, paixão, medo, despertador, quadros, conhaque, comprimidos para dormir... É nesse turbilhão de fatores que se desenvolve a trama criada por Radde para criticar e emocionar o ser humano. 

O espetáculo recebeu os prêmios de melhor ator e atriz na 10 ª Mostra de Teatro de
Garanhuns 2003.


FICHA TÉCNICA



Texto: Ronald Radde

Direção e Concepção Geral: Antônio Rodrigues

Elenco: Lillian Ferreira e Antônio Rodrigues

Cenografia, Maquiagem e Sonoplastia: Antônio Rodrigues

Figurino: Alex Fontinelle e Antônio Rodrigues

Iluminação: Albert e Antônio Rodrigues

Operação de Luz: Albert

Operação de Som: Cleyton Cabral

Preparação Corporal: Lillian Ferreira

Programação Visual: Free Idéia e Comunicação

Estúdio de Gravação: Free Idéia e Comunicação

Fotografia: Robson

Contra Regra: Leo

Produção Executiva: Lillian Ferreira e Antônio Rodrigues

Produção: Cênicas Companhia de Repertório


Sobre o texto


Um homem transtornado, ansioso para falar com alguém e sozinho; Uma mulher angustiada com a sua rotina, seu conhaque e seus comprimidos para dormir. A ação se passa num único ato, numa noite qualquer um jovem bebe, fuma algo e resolve andar pelas ruas ao passo que vê a luz da janela do apartamento de uma colega de trabalho e resolve subir. Ele chega no exato momento em ela vai tomar mais um dos seus milhares de comprimidos para dormir que ela usa rotineiramente para poder suportar as noites de solidão.

Primeiramente há um estranhamento de ambos com essa inusitada visita, mas aos poucos a simples conversa se transforma numa relação opressor/oprimido na qual o homem, apresentando uma alteração movida pela bebida derrama toda a sua verborragia de verdades para não enganar ninguém nem a si mesmo. Ela não entende nada no princípio, mas após sofrer alguns ataques começa a se sentir ameaçada em sua própria casa e não sabe qual o medo maior, continuar na companhia dele ou ficar sozinha novamente.

A conversa tem altos e baixos até que ela resolve beber um conhaque também. É nesse ponto que a trama se inverte (relação opressor/oprimido) e as fraquezas dele são dissecadas por ela como uma cirurgia implacável é aí que ocorre a catarse, onde todas as suas fragilidades estão expostas e suas almas reveladas. Não querem mais se esconder sob máscaras, mentiras e falsidades, querem gritar para todo mundo que não estão nem aí com a opinião alheia, se estão incomodando ou se serão aceitos.

É então que resolvem ser ouvidos e no meio a gritos, sons em alto volume, bombas rojão nos corredores, os vizinhos se desesperam. Nesse ínterim chamam a polícia por não saber o que estaria acontecendo e no momento que a polícia aguarda preparada para invadir devido à falta de contato direto, ele resolve sair aos gritos dizendo que eles não sabem de nada e acaba sendo atingido por uma bala fatal no corredor do prédio, ela no apartamento ouve tudo e antes de pensar em qualquer coisa o despertador toca chamando para mais um dia de rotina. Ela desliga o despertador, pensa em toda a sua vida e naquela noite e grita um NÃO, um não a todas as convenções hipócritas impostas pela sociedade. 

 

“Apaga a Luz”, de Ronald Radde – 2003/2004 – Dir. Antônio Rodrigues.

 

1. X Mostra de Artes Cênicas de Garanhuns

2. TEMPORADA NO TEATRO JOAQUIM CARDOSO - 2003

3. FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA 2004 – Mostra Fringe.

4. FESTIVAL DE ARTES DE ANGELIM – 2004

5. TEMPORADA NO TEATRO CENTRO CULTURAL DE GARANHUNS

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